Economia

 

Angola na «mira» dos empresários portugueses

20140228124912Reindustrializar o país, cultivar a diplomacia económica com Angola, aumentar a rentabilidade e potenciar a abertura de novos mercados são, de acordo com a edição especial do Barómetro Kaizen que foi apresentado no Porto, as grandes prioridades que devem pautar a atuação das empresas que operam no mercado português durante o ano de 2014.

Cerca de 70% - dos 125 gestores nacionais de topo que integram o painel - perspetiva que o desempenho da economia nacional em 2014 venha a ser melhor do que no ano anterior.

A reindustrialização do país deve ser, na opinião da maioria dos empresários (61%), a grande aposta económica, superando largamente o investimento na economia do mar (16%) e no turismo (13%). Angola (citada por 49%), Brasil (46%) e Magrebe (37%) são os países/regiões nos quais deve incidir a aposta em 2014, no que toca a diplomacia económica.

Cerca de quatro em cada cinco dos gestores inquiridos (78%) refere que o aumento da rentabilidade e a abertura de novos mercados são as principais prioridades definidas para o corrente ano pela organização que representam. No rol de apostas para 2014, destaque, ainda, para a inovação (73%), redução da despesa (72%) e do desperdício (69%).

Cerca de 77% dos inquiridos considera que a passagem de Portugal por um programa cautelar após o fim do resgate da troika é "positivo para o país". Opinião contrária é partilhada por apenas 11% dos gestores, enquanto que uma percentagem semelhante (12%) apelida o programa cautelar de "desnecessário".

Dois terços dos empresários (65%) acreditam que Portugal está preparado para regressar aos mercados durante este ano. Por fim, e ainda no que concerne à atuação das organizações, mais de metade dos gestores inquiridos (52%) refere que a exposição ao mercado nacional por parte das empresas que representam será "igual a 2013". Um quarto dos respondentes (25%) avança que a exposição será menor, o que indica maior propensão para a internacionalização.

 

OJE, 28 de fevereiro de 2014

 

 

Porto de Luanda implementa novo modelo de atendimento aos clientes

20140228065039O Porto de Luanda dispõe, desde o princípio deste mês, de um novo serviço de atendimento ao cliente, denominado Cacifo Electrónico, que permite realizar consultas, movimentações e pagamentos, através do Internet Banking CAIXA, informou hoje, quinta-feira, à Angop, o director de Sistemas de Tecnologias de Informação e Comunicações (DSTIC), Miguel Pipa.

Segundo o responsável, a entrada em funcionamento do novo serviço está inserido no plano de inovações que o Porto de Luanda tem vindo a implementar, com base nas novas tecnologias de informação.

“Este novo serviço aparece como um complemento à desmaterialização do processo burocrático inerente à retirada de mercadorias do recinto portuário que, no passado, era muito moroso”, explicou Miguel Pipa. O novo Cacifo Electrónico, prosseguiu, permite que os clientes/operadores interajam, por meio dos seus correios electrónicos, com o Porto de Luanda de forma rápida e eficaz.

“Logo que se faça taxação no Porto de Luanda, as facturas chegam aos clientes sem que os mesmos se façam presentes às nossas instalações”, explicou, referindo que antes do surgimento do Cacifo Electrónico, os operadores aguardavam quatro a cinco dias para obterem respostas das suas solicitações, mas, hoje, sem constrangimentos, espera-se apenas duas a três horas.

Miguel Pipa explicou que antes da entrada em funcionamento do Cacifo Electrónico, o Porto de Luanda gastava cerca de 1000 resmas de papel especial/ano, mas com este novo serviço as despesas com este material reduziram significativamente.

 

Angola Press, 28 de fevereiro de 2014

 

 

Banco Privado Atlântico e russo VTB fundem operações em Angola

20140227090732O Banco Privado Atlântico e o VTB Africa anunciaram a fusão das suas operações em Angola, o que vai levar a que o grupo russo VTB e a Rostec Corporation se tornem detentores de 20% do capital da nova entidade de nome Atlântico.

Em comunicado, as duas entidades disseram que "o novo banco permitirá potenciar a atracção de investimento estrangeiro em Angola e no continente africano".

"Esta operação de fusão entre o Banco Privado Atlântico e os seus parceiros VTB Capital e Rostec vai potenciar a capacidade do banco intervir em mercados estratégicos da África subsaariana, mantendo Angola como centro de decisão", disse o presidente do conselho de administração do Atlantico e vice-presidente do BCP, Carlos Silva.

Carlos Silva acrescentou que "a ligação do Atlântico à VTB Capital e à Rostec permite o desenvolvimento das relações económicas e financeiras com o mercado da Rússia, o país mais poderoso dos BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China], e é uma grande oportunidade para a generalidade dos clientes, tanto em Angola como em Portugal".

O novo banco vai continuar a disponibilizar os produtos e serviços fornecidos até aqui, quer em termos de particulares quer em termos de investimento, sendo o calendário e os detalhes do processo "oportunamente apresentados após as devidas deliberações das entidades competentes angolanas". O VTB é o segundo maior banco russo e é detido, em 60,9%, pelo governo daquele país.

 

Novo Jornal, 27 de fevereiro de 2014

 

 

Produção de petróleo em Angola deverá atingir 2 milhões de barris por dia em 2015

macauhAngola deverá atingir uma produção de 2 milhões de barris de petróleo por dia em 2015 não obstante a queda registada em 2013, garantiu terça-feira em Luanda o presidente da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol).

No decurso da apresentação de resultados, Francisco de Lemos Maria disse que a produção angolana de petróleo registou uma quebra homóloga de 3% em 2013 devido a problemas técnicos registados em blocos operados pelos grupos Total, BP e Chevron e Exxon Mobil dos Estados Unidos.

Lemos Maria disse ainda que, devido à quebra na produção e do preço do barril, a Sonangol registou uma quebra nas vendas que ascendeu a 3687 milhões de dólares em valor ou 11% comparativamente a 2012. Em resultado da produção de 626,1 milhões de barris, menos do que os 633,1 milhões registados em 2012, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola registou um lucro de 2,96 mil milhões de dólares, disse ainda Francisco de Lemos Maria.

No mesmo encontro, Anabela Fonseca, administradora com o pelouro dos investimentos internacionais, anunciou que a empresa decidiu abandonar a exploração de dois campos de petróleo no Iraque devido a questões de segurança.

A Sonangol obteve em 2009 a operação dos campos petrolíferos Qayara e Najmah, na região nordeste do Iraque, aguardando apenas pelos resultados de uma auditoria técnica e financeira para poder sair do país sem violar qualquer obrigação contratual.

Anabela Fonseca disse ainda que a China manteve-se em 2013 como o principal comprador de petróleo extraído em Angola, com uma quota de 45% do total, tendo os Estados Unidos caído para quarto lugar devido aos progressos registados na produção de petróleo de xisto.

 

Macauhub, 26 de fevereiro de 2014